
Entretanto, ao fim da corrida, McLaren, através do diretor esportivo David Ryan e Hamilton declaram aos comissários que o piloto estava “distraído” observando a velocidade no painel quando foi ultrapassado pelo piloto da Toyota. Tudo isso para tentarem recuperar a terceira posição fora da pista.
Foi o que aconteceu. Por alguns dias apenas. Trulli foi punido por ultrapassar com o Safety Car na pista e o inglês herdou a posição no pódio. Mas quando os comissários solicitaram a conversa de rádio entre Hamilton e McLaren, descobriram que o piloto da McLaren cedeu a posição deliberadamente.
Resultado. Foi considerado que Hamilton e McLaren agiram de má fé, tentando ludibriar os comissários a fim de obter vantagem. Piloto e equipe foram desclassificados do GP. Exagero? Para mim não. Não se deve dar espaços para esses tipos de atitudes anti-desportivas. Contudo, não sei se, caso fosse outra equipe, a FIA teria a mesma atitude. Já que a entidade está com a equipe entalada na garganta desde o episódio de espionagem em 2007.
Para tentar apagar a imagem ruim deixada com a atitude ruim do GP de Melbourne, Hamilton deu entrevista coletiva pedindo desculpas, dizendo que foi orientado pela equipe e jurando que nunca mais algo parecido iria acontecer. A McLaren, para salvar a aura de bom moço do menino, considerou a falha no episódio como local, colocando a culpa em David Ryan, que foi suspenso pela equipe. Ryan pode ter sido culpado sim, mas não foi o único, a equipe estava ciente de tudo. O diretor esportivo, que atua na categoria desde 74, acabou pagando o pato para que os figurões da F1 não saíssem com a imagem mais arranhada ainda.
É melhor a escuderia prateada abrir o olho e parar de se meter em tramóias. Uma imagem associada a episódios negativos com tanta freqüência pode afastar patrocinadores. Se bem que estes já superaram o escândalo da espionagem, mas se as atitudes da equipe continuarem assim, aí...
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