Sem teorias da conspiração. É dificílimo de guiar na chuva com pneus para seco. Eu já experimentei isso no kart e sei como é complicado. O tempo de volta de Glock é totalmente aceitável nas condições que estava.
Trulli, seu companheiro de equipe também adotou a mesma estratégia e obteve os mesmos resultados.
Algumas informações retiradas do blog do Flávio Gomes:
As três últimas voltas de Trulli: 1min22s428, 1min33s539, 1min44s800.
As três últimas de Timo: 1min18s688, 1min28s041, 1min44s731.
As três últimas de Vettel: 1min23s318, 1min25s221, 1min25s984.
As três últimas de Hamilton: 1min24s612, 1min25s567, 1min26s126.
Não, Glock não foi o responsável por Hamilton ser campeão. Ele quase foi responsável pelo contrário! Somando os tempos das seis últimas voltas de Massa (511s140), Hamilton(521,445), Vettel (520s013) e Glock (507s165) chega-se a conclusão que o piloto da Toyota ganhou tempo com a estratégia de não parar. Se Glock (ou a Toyota) quisesse entregar o título para o inglês, bastaria ter parado nos boxes para trocar os pneus e pronto. Infelizmente para os brasileiros, a estratégia de Glock não foi suficiente para ele ficar à frente do inglês. Se a chuva tivesse apertado segundos depois...
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Para os que ficaram na dúvida se Kubica, que tirou uma volta de Vettel e Hamilton à duas voltas do fim, estava de pneus para chuva, segue o relatório da Bridgestone sobre os pneus usados em Interlagos. Kubica estava de pneus para seco e se aproveitou da briga dos dois para ultrapassá-los.
Segue abaixo o gráfico das parciais de todos os pilotos na última volta. Vejam que Glock e Trulli, os únicos na pista com pneus para pista seca, perderam muito tempo no segundo setor (o miolo), onde é mais difícil de andar no molhada.
Mesmo com todas as evidências, Massa foi tirar satisfação com Glock, veja no vídeo abaixo:
Um comentário:
E olha o rubinho dando show na chuva de novo. Deu um banho no segundo setor e fez a melhor volta na última volta 2 segundos abaixo da média... que pena que nem sempre chove...
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