Está confirmado. A Force India liberou e Giancarlo Fisichella irá correr na Ferrari até o fim do ano no lugar do acidentado Felipe Massa e do pouquíssimo inspirado Luca Badoer.
Correr na Ferrari será um grande presente para o veterano Fisichella, desde 1996 na F1. Aliás, nesse ano, o italiano chegou a testar a Ferrari e estreou pela Minardi, onde realizou oito boas corridas que lhe valeram contrato com a Jordan para o ano seguinte.
Fisichella também já passou pelas equipes Benneton, Sauber e Renault.
A participação de Luca Badoer na F1, no lugar do acidentado Felipe Massa, fica cada vez mais vergonhosa a cada entrada do piloto italiano nas pistas. Badoer pode até se desculpar dizendo que não corria há muito tempo, que não pôde testar o carro devido ao regulamento desse ano, que o F1 2009 é muito diferente dos carros de antigamente... Mas pelo que se pode ver, parece que o italiano perdeu o jeito pra coisa, se é que algum dia já teve.
No fim de semana de Valencia, Badoer acumulou quatro multas por exceder a velocidade nos boxes, foi apenas o último no grid a 1,5s do penúltimo, foi punido por passar pela linha branca ao sair dos pits durante a corrida, rodou duas vezes no GP... Agora em Spa, Badoer já fez vergonha ao ser eliminado novamente no Q1 após perder o controle da Ferrari. Seu desempenho pífio rendeu o apelido "Luca How bad you are" (como você é ruim), pelos locutores da TV inglesa BBC.
Grosejan e Alguesuari, que também entraram no meio do ano, não estão fazendo nada parecido com Badoer. Pelo contrário, estão, na media do possível, indo bem.
A Ferrari esperava uma melhor atuação do piloto em seu segundo GP esse ano, mas após mais um treino pífio e uma provável corrida burocrática, dificilmente a escuderia irá insistir com o italiano na próxima etapa em Monza. A escuderia italiana não precisa se expor tendo um de seus carros pagando mico sempre nas últimas posições do grid. Badoer não terá o prazer de correr em casa (ou o desprazer de passar vergonha perto de seus conterrâneos). O espanhol Marc Gené, também piloto de testes da equipe deve ser o escolhido, mas muitos outros nomes correm por fora. É esperar para ver.
Estou de volta rapaziada! Depois de um bom período ausente por falta de tempo devido a compromissos pessoais e profissionais, retorno ao blog já comentando o treino classificatório para o GP da Bélgica!
A Índia realmente está na moda! É filme que ganha Oscar, é novela de sucesso na Globo e agora é do país o carro que largará na ponta em Spa! Sim, a Force India de Giancarlo Fisichella fez a pole no totalmente surpreendente treino classificatório do GP da Bélgica!
Ninguém, nem um vidente, nem o cara mais sortudo, nem o maior especialista em automobilismo, acertaria em um grid formado por Fisichella (Force India) em primeiro, Trulli (Toyota) em segundo e Heidfeld (BMW) em terceiro. A pista de Spa realmente tem características específicas que podem causar essas surpresas, ainda mais em um ano tão exótico como esse 2009 para a F1. A Force India vem mostrando um bom desenvolvimento desde a última corrida.
Mas conseguir a pole com um carro não tão leve foi realmente inesperado. E Fisichella, considerado por muitos, inclusive eu, como um aposentado na ativa, mostrou que ainda pode ser útil. Outra boa surpresa foi o bom desempenho da apagada BMW.
Entre Brawn, RBR, Mclaren e Ferrari, os carros que vinham andando melhor nas últimas corridas, quem mandou bem foi Rubinho com o quarto lugar. E não pense que ele está pesado e é o favorito para a corrida. Barrichello é o mais leve (644,5 kg) de todo o grid. Tem chances de vencer pois seu equipamento é mais consistente que os demais, mas não terá vida fácil não! Raikkonen, com 655 kg e em sexto, também tem boas expectativas para a corrida. Vettel foi apenas o oitavo e Webber o nono, mas estão pesados e podem surpreender. Button que, após um início de ano excepcional, parece estar em má fase, foi o 14º, muito longe de seu companheiro. A Mclaren também decepcionou, Hamilton em 12º e Kovalainen em 15º. E Badoer na Ferrari merece um post à parte.
Resumindo. Está difícil fazer apostas para essa etapa. A corrida de amanhã será imperdível!
Pelas imagens dá pra ver que o acidente poderia ter sido bem pior. Romain Grosjean, que vinha logo atrás, se safou por pouco da barberagem das arábias!
Se eu tivesse ido ao Semi Grande Prêmio da Malásia (ah, como eu queria ter condições de ir...) eu pediria metade do meu dinheiro de volta. Perdemos parte de uma corrida, que estava boa e tinha tudo para melhorar, por causa da patacoada dos senhores Mosley e Ecclestone. Resolveram marcar o GP de Sepang às 17h00 (horário local), para agradar à TV e ao público europeu. Entretanto esqueceram de consultar (ou ignoraram) as condições meteorológicas da região nessa época do ano. Se perguntassem para um nativo de lá, iriam receber a resposta de que “a essa hora chove, e muito, todo fim de tarde...”
Resultado: se o GP fosse no horário convencional a corrida poderia ter sido completa. E os europeus, se não quisessem acordar mais cedo, iriam ver a mesma coisa que viram no último fim de semana, ou seja, metade da corrida.
Enfim. Vamos falar mesmo da prova. Button saiu na pole novamente. Mas dessa vez não largou tão bem. Foi ultrapassado por Trulli e viu Rosberg fazer excelente largada e pular pra ponta. Outro que largou muito bem foi Alonso. O espanhol saltou de sétimo para quarto. Mas o carro não ajudou e o bi-campeão perdeu contato rapidamente com o pelotão da frente. Aliás, a turma do KERS (Alonso, Piquet, Massa, Raikkonen) começou muito bem. Parece que o equipamento faz diferença na largada.
Barrichello iniciou bem a prova. Largou em oitavo, pulou pra sexto, ultrapassou Alonso na quarta volta e pôde recuperar o tempo perdido com o trio que vinha frente. Após a primeira rodada de pardas, Button reassumiu a liderança. Segundos depois começou a chover fraco. Barrichello tinha que parar e optou por continuar com pneus slick, assim como os líderes.
Com o aumento da chuva, a maioria dos pilotos e equipes se enrolaram nas táticas e fizeram com que vários pit stops fossem necessários. Webber e Glock, que optaram por pneus intermediários com o início da chuva, escolheram a melhor estratégia e se deram bem. O australiano foi o sexto, enquanto o alemão terminou em terceiro.
Button, que viu o rendimento dos dois, tratou de pôr os pneus intermediários e segurou a liderança até o fim precoce da prova. Outro que acertou a mão foi Nick Heidfeld. Como avisei no post anterior, o garoto fora pra corrida com o carro lotado de combustível e poderia surpreender. Com gasolina de sobra no tanque, o alemão pôde escolher a melhor hora para parar e colocar pneus adequados conseguindo uma ótima segunda colocação. Heidfeld fez apenas um pit stop, enquanto os outros pilotos que terminaram a prova fizeram três ou quatro.
Barrichello terminou em quinto. Mas poderia ter ido melhor, caso a Brawn arriscasse usar pneus intermediários com o brasileiro, já que estava com a vitória nas mãos de Button.
Em resumo, os carros de Brawn e Toyota novamente se destacaram. Mais uma vez, Ferrari e, principalmente, Williams, perderam a oportunidade de fazerem ótimas corridas. Enquanto McLaren e Renault continuam no bagaço. A Red Bull continua surpreendendo. Dessa vez com Webber.
A cena mais engraçada do dia ficou a cargo de Kimi Raikkonen Enquanto todos os pilotos se concentravam para uma possível relargada, o finlandês desfilava pelos boxes de bermuda, boné e comendo um picolé. Todos pensaram que era mais uma do homem do gelo. Que independentemente de ter relargada, o rapaz já teria se decidido em não continuar. Entretanto, a Ferrari tinha apresentado problemas com o KERS e o finlandês foi, realmente, obrigado a abandonar. Mas que foi engraçado foi! Confira no vídeo abaixo a "tradução" do diálogo de Kimi e seu mecânico, postada no youtube pelo internauta Rodrigo Mörth:
A FIA já divulgou os pesos dos carros para a corrida de amanhã. Dá para tirar algumas conclusões sobre a quantidade de combustível que cada carregará.
Sebastian Vettel (ALE/Red Bull), 647 kg Adrian Sutil (ALE/Force India), 655,5 kg Nico Rosberg (ALE/Williams), 656 kg Mark Webber (AUS/Red Bull), 656 kg Jarno Trulli (ITA/Toyota), 656,5 kg Timo Glock (ALE/Toyota), 656,5 kg Jenson Button (ING/Brawn), 660 kg Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), 662,5 kg Robert Kubica (POL/BMW), 663 kg Rubens Barrichello (BRA/Brawn), 664,5 kg Sébastien Bourdais (FRA/Toro Rosso), 670,5 kg Fernando Alonso (ESP/Renault), 680,5 kg Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), 680,5 kg Nelsinho Piquet (BRA/Renault), 681,9 kg Kazuki Nakajima (JAP/Williams), 683,4 kg Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso), 686,5 kg Lewis Hamilton (ING/McLaren), 688 kg Heikki Kovalainen (FIN/McLaren), 688,9 kg Felipe Massa (BRA/Ferrari), 689,5 kg Nick Heidfeld (ALE/BMW), 692 kg
A Brawn de Button é a grande favorita. Mesmo com o carro mais pesado que alguns pilotos, o inglês cravou a pole. Vettel, punido com a perda de dez posições no grid, preferiu entrar leve no Q3 para largar o mais na frente possível. Barrichello, outro punido, mas com cinco posições, apostou numa primeira perna mais longa. O caso de Alonso é interessante. O espanhol, com talento, consegue chegar ao Q3, aí ele entope o carro de gasolina, larga em décimo mesmo e vai para a guerra. Hamilton, Kovalainen e Massa, largando em 12º, 14º e 16º respectivamente, também irão para a corrida com bastante combustível. É bom ficar de olho em Heidfeld. O alemão larga em décimo, com o tanque muito cheio e, se o carro se apresentar melhor do que em Melbourne, pode fazer uma boa corrida.
Fim do treino classificatório em Sepang. Brawn, Toyota e Willians ocupam as primeiras posições. Button novamente na pole, Trulli em 2º, Glcok o 3º. Barrichello, punido em cinco posições por trocar o câmbio, sai em 8º. Vettel, com uma RBR acima das expectativas nesse início de ano, penalizado em dez posições pelo incidente com Kubica na Austrália, sai em 13º.
Por enquanto muito pouca diferença entre a hierarquia de forças das equipes demonstrada na primeira etapa. A surpresa do dia fica por conta da Ferrari que havia andado bem nos treinos de sexta. Raikkonen sai em 7º, enquanto Felipe Massa foi apenas o 16º (?!). Sim! É isso mesmo. O brasileiro e a equipe acreditaram que as voltas do piloto no início do Q1 eram suficientes para passar para o Q2 e Massa acabou ficando precocemente fora do treino. Mais uma lambança das Organizações Maranello! Que, diga-se de passagem, vem acumulando erros grosseiros, desde o ano passado.
Piquet errou na volta rápida e fez apenas o 17º tempo. Parece mesmo que o piloto não encaixou bem na F1. Se não virar o jogo logo (e é logo mesmo), começa a contagem regressiva...
Enquanto isso, seu companheiro de Renault, Fernando Alonso, consegue a façanha de colocar o limitado carro da equipe no Q3, em 9º lugar. Outro campeão mundial, Lewis Hamilton, largará em 12º.
Últimas voltas do GP de Melbourne. Kubica e Vettel disputam a segunda posição. Os dois batem. Safety Car na pista. Proibido ultrapassar. Trulli dá uma escapada e perde a posição para Hamilton. Até aí tudo bem, pois o piloto italiano errou. Mas Hamilton e McLaren ficam na dúvida se o ganho de posição é passível de punição. Ambos conversam no rádio. A equipe tenta esclarecer a questão com a direção de prova mas não consegue contato. McLaren e piloto, por precaução, decidem devolver a posição a Trulli.
Entretanto, ao fim da corrida, McLaren, através do diretor esportivo David Ryan e Hamilton declaram aos comissários que o piloto estava “distraído” observando a velocidade no painel quando foi ultrapassado pelo piloto da Toyota. Tudo isso para tentarem recuperar a terceira posição fora da pista.
Foi o que aconteceu. Por alguns dias apenas. Trulli foi punido por ultrapassar com o Safety Car na pista e o inglês herdou a posição no pódio. Mas quando os comissários solicitaram a conversa de rádio entre Hamilton e McLaren, descobriram que o piloto da McLaren cedeu a posição deliberadamente.
Resultado. Foi considerado que Hamilton e McLaren agiram de má fé, tentando ludibriar os comissários a fim de obter vantagem. Piloto e equipe foram desclassificados do GP. Exagero? Para mim não. Não se deve dar espaços para esses tipos de atitudes anti-desportivas. Contudo, não sei se, caso fosse outra equipe, a FIA teria a mesma atitude. Já que a entidade está com a equipe entalada na garganta desde o episódio de espionagem em 2007.
Para tentar apagar a imagem ruim deixada com a atitude ruim do GP de Melbourne, Hamilton deu entrevista coletiva pedindo desculpas, dizendo que foi orientado pela equipe e jurando que nunca mais algo parecido iria acontecer. A McLaren, para salvar a aura de bom moço do menino, considerou a falha no episódio como local, colocando a culpa em David Ryan, que foi suspenso pela equipe. Ryan pode ter sido culpado sim, mas não foi o único, a equipe estava ciente de tudo. O diretor esportivo, que atua na categoria desde 74, acabou pagando o pato para que os figurões da F1 não saíssem com a imagem mais arranhada ainda.
É melhor a escuderia prateada abrir o olho e parar de se meter em tramóias. Uma imagem associada a episódios negativos com tanta freqüência pode afastar patrocinadores. Se bem que estes já superaram o escândalo da espionagem, mas se as atitudes da equipe continuarem assim, aí...
Estou de volta! E a F1 também! Já estava com saudade dos carros na pista e cansado das picuinhas de bastidores. Ainda mais depois da ameaça dos tios Mosley e Ecclestone de destruírem a categoria com o sistema de vitórias, que graças a Deus foi adiado para 2010 e deverá ser abortado até lá.
E logo de cara um GP da Austrália emocionante! A pista de Melbourne é tradicional por propiciar corridas imprevisíveis e não seria em 2009, com tantas mudanças de regulamento, que teríamos um domingo monótono!
Como já estamos nos aproximando da segunda etapa, vou deixar apenas pequenas apreensões que tive da primeira corrida.
Os últimos serão os primeiros?
Temos uma nova hierarquia de forças na F1? Sim, temos. Entretanto é muito cedo falar que "a Brawn vai ser campeã", "Ferrari e Mclaren não irão a lugar nenum". Nunca presenciei uma temporada tão aberta de possibilidades.
A Brawn GP realmente disponta na frente. E não é só pelos difusores mágicos não. O carro é bom, muito bom. E a equipe parece estar no caminho certo para ser competitiva o ano inteiro. "O curioso caso de Jenson Button" levou o prêmio de melhor piloto na Austrália com merecimento. Rubens, mais rápido no Q1 e Q2 no sábado, perdeu de lavada pro companheiro no Q3. Na corrida, largou mal, caiu pra oitavo, se envolveu em [sessão da tarde] altas confusões [/sessão da tarde], e mesmo assim chegou em segundo. Como meus colegas disseram, a Brawn começou o ano no modo easy.
As outras duas equipes pertencentes ao grupo dos difusores mágicos: Williams e Toyota, que se mostraram muito bem nos treinos, não tiveram tão bons resultados na corrida. No caso da Williams faltou piloto e estratégia: Nakajima é fraco, Rosberg é bom, mas nada demais. E a perna longa para os pneus macios acabou com a boa corrida do alemão. Já a Toyota tinha carro pra disputar pódio. Se classificou bem no grid, mas largou atrás por irregularidades nos aerofólios traseiros. Trulli e Glock fizeram corridaças! Mas o italiano vacilou, passou Hamilton com o safety car na pista e jogou tudo fora. Glock foi o quarto.
Além dessas três equipes que se mostraram competitivas nessa primeira corrida, houve mais dois pilotos que conseguiram andar lá na frente: os promissores Kubica com a BMW e Vettel com a Red Bull. Dois incríveis pilotos, muito potencial! Fizeram um fim de semana quase perfeito, deram banho nos companheiros de equipe... Mas jogaram tudo fora por inexperiência a algumas voltas do fim. Kubica, na ânsia por tentar alcançar Button, forçou demais por fora. O alemão, achando que ainda dava pra segurar, mesmo com rendimento bem abaixo que o adversário, forçou demais por dentro. Resultado: muro pros dois.
E não achem que as outras equipes estão mortas. Não duvide do potencial, principalmente da Ferrari, BMW e McLaren. Quando o difusor mágico for liberado ou proibido, e o primeiro grande pacote de evoluções dos carros for pra pista, teremos um cenário mais real do que pode ser a temporada. Aposto em grande crescimento durante o ano dessas três equipes que mencionei. Creio que as duas primeiras ainda vão disputar o título. A escuderia de Maranello precisa ainda melhorar a confiabilidade dos carros e a McLaren terá que trabalhar muito se quiser brigar lá na frente também.
"Mas Hamilton já chegou em terceiro.", dirão. É, isso mostra que ele é um ótimo piloto, assim como Alonso que chegou em quinto, também é. E não que a McLaren é um ótimo carro, assim como a Renault, que não nasceu legal, também não é. Os dois campeões mundiais fizeram o máximo que podiam (e tenham certeza que isso é coisa pra caramba!), e chegaram lá na frente beneficiados por quebras e batidas.
De resto temos Force India e Toro Rosso, que parecem mesmo que vão ficar lá por trás mesmo.
Nas próximas 2 ou 3 corridas parece que ainda teremos esse cenário de forças descrito acima. Entretanto, como eu disse, não dá para garantir que essa hierarquia será definitiva esse ano. Viva o imprevisível! Viva a Fórmula 1 2009!
As principais mudanças técnicas da F1 2009 todos vocês já sabem: a implementação do KERS, a volta dos pneus slicks, alterações nos aerofólios e o fim dos apêndices aerodinâmicos. Tudo com um grande objetivo final: a volta das ultrapassagens.
Entretanto, não vim comentar os aspectos técnicos da nova F1 e sim ressaltar a diferença visual ocasionada pelos dois últimos itens citados acima.
Até o público que não é muito de acompanhar a F1, ao ver os novos modelos (à esquerda na foto), repara que muita coisa mudou na categoria. Mas ao colocar um carro modelo 2009 ao lado de um modelo 2008, como na foto, percebemos que essas mudanças visuais foram muito mais intensas.
À direita a BMW 2008, com aerofólios dianteiros e traseiros praticamente da mesma largura, dando um ar de equilíbrio. Além disso, uma série de apetrechos aerodinâmicos da um ar mais imponente ao modelo que parece até estar preparado para uma guerra.
À esquerda a nova BMW, com um ar um tanto quanto retrô. Os itens que mais causam estranhamento são os aerofólios. O traseiro é mais alto e muito mais estreito que os modelos anteriores e o dianteiro mais largo, o que provoca um desequilíbrio visual que causa um estranhamento inicial nos olhos dos fãs de F1, já acostumados aos modelos anteriores. O fim dos apêndices aerodinâmicos deram menos volume ao carro, passando uma aparência de fragilidade (que fica apenas na aparência mesmo).
Para os fãs da F1 quem acharam os novos modelos feios ou estranhos, acredito que é questão de tempo para se acostumar.
E espero que o ar retrô dos novos modelos traga do passado as emocionantes ultrapassagens e disputas na pista, tão raras nos dias de hoje!
Treino: Sebastian Vettel 13x5 Sebastien Bourdais
Corrida: Sebastian Vettel 13x5 Sebastien Bourdais
Pontos: Sebastian Vettel 35x4 Sebastien Bourdais
O promissor Sebastian Vettel foi um dos destaques da temporada 2008. Nos números, deu um banho em seu companheiro Sebastien Bourdais e ainda surpreendeu e venceu com autoridade o GP de Monza. Sim, Vettel foi bem melhor que Bourdais no ano, Vettel parece ser melhor que Bourdais. Arrisco dizer que Vettel tem tudo para ser campeão de Fórmula 1 futuramente. Mas não podemos subestimar o francês tetra-campeão da Champ Car. Bourdais parece ter tido um pouco de dificuldades de se adaptar à F1 em 2008. Além disso teve muito azar, quebrou diversas vezes e, quando poderia ter seu melhor resultado largando em terceiro, ficou parado no grid de Monza. Espero que ele continue em 2009 para realmente mostrar do que é capaz.
Red Bull
Treino: Mark Webber 16x2 David Coulthard
Corrida: Mark Webber 13x5 David Coulthard
Pontos: Mark Webber 21x8 David Coulthard
David Coulthard mostrou em 2008 que precisava mesmo se aposentar. Foi uma sequência de batidas e barbeiragens do mediano piloto que já não conseguia mais acompanhar o nível da F1. Mark Webber não precisou ser genial para ganhar de seu companheiro de “goleada” em todos os quesitos. Em 2009 porém, terá Vettel ao lado e aí precisará mostrar porque está na F1.
Mais um duelo facilmente vencido. Nico Rosberg é mais piloto que Kazuki Nakajima. Mostrou isso nas pistas. Nico até se destacou no primeiro semestre conseguindo boas colocações, mas a Williams caiu muito de rendimento no segundo semestre e os dois foram ofuscados pelo resto do grid.
Está aí o confronto mais equilibrado do ano. Também pudera, a Honda, apesar de todos os defeitos, conta com uma dupla de pilotos bastante experientes. Rubens Barrichello se classificou mais vezes à frente de Jenson Button nos treinos, mas chegou mais vezes atrás nas corridas. Entretanto, Rubinho conseguiu um impressionante pódio na chuva de Silverstone, mostrando que ainda está em forma. No fim das contas quem venceu o duelo foi Rubinho. Mesmo assim, quem permanece é Button por causa da parte inglesa da equipe.
Force India
Treino: Giancarlo Fisichella 10x8 Adrian Sutil
Corrida: Giancarlo Fisichella 11x7 Adrian Sutil
Pontos: 0x0
Única equipe que terminou zerada na competição (além da Super Aguri, que saiu com quatro corridas). Giancarlo Fisichella é um piloto mediano. Entretanto, não teve dificuldades no duelo interno com Adrian Sutil. Usou sua experiência para se classificar mais vezes à frente e chegar mais vezes à frente nas corridas. Contudo, Sutil ainda chegou um tanto quanto perto no placar.
É muito complicado comparar a qualidade de pilotos de F1 em equipes distintas. O carro e a própria equipe, além de diversos outros fatores, são fundamentais no desempenho de um piloto durante o ano. Entretanto, por companheiros de escuderia possuírem equipamentos semelhantes vamos compará-los e mostrar quem levou a melhor nos duelos caseiros em 2008. Mesmo com poucas equipes tendo preferência por um dos pilotos, o que se viu em quase todos os times foi grande vantagem nos números de determinado corredor sobre seu companheiro. Abaixo seguem os placares dos treinos e corridas, além da pontuação final comparada dos pilotos da mesma equipe.
Obs.: No placar do qualifying não estão levadas em consideração punições no grid.
Ferrari
Treino: Felipe Massa 12x6 Kimi Raikkonen
Corrida: Felipe Massa 12x6 Kimi Raikkonen
Pontos: Felipe Massa 97x75 Kimi Raikkonen
No duelo entre o campeão mundial de 2007 Kimi Raikkonen e Felipe Massa, melhor para o brasileiro. Massa se qualificou muito bem durante o ano, ao contrário de Raikkonen. Esse foi um dos motivos de o finlandês não ter feito um bom campeonato. Massa fez seis poles e Raikkonen duas. Entretanto, o homem de gelo se mostrou muito rápido durante determinados momentos de corridas, tendo a impressionante marca de 10 melhores voltas das 18 etapas disputadas.
McLaren
Treino: Lewis Hamilton 14x4 Heikki Kovalainen
Corrida: Lewis Hamilton 12x6 Heikki Kovalainen
Pontos: Lewis Hamilton 98x53 Heikki Kovalainen
Foi um banho de Lewis Hamilton. O inglês foi muito superior ao companheiro à Heikki Kovalainen. O finlandês só ganhou em melhores voltas, fez duas enquanto o inglês fez apenas uma. Hamilton foi o piloto que mais fez poles na temporada: sete. Kovalainen fez uma.
BMW
Treino: Robert Kubica 13x5 Nick Heidfeld
Corrida: Robert Kubica 11x7 Nick Heidfeld
Pontos: Robert Kubica 75x60 Nick Heidfeld
Se em 2007 deu Nick Heidfeld, nesse ano quem venceu a disputa particular da BMW foi Robert Kubica. O polonês teve um ótimo ano, venceu corrida e chegou a liderar o campeonato. Além disso, conseguiu colocar a BMW na pole-position uma vez. Para Heidfeld, o consolo de ter feito melhor volta em duas etapas.
Renault
Treino: Fernando Alonso 18x0 Nelsinho Piquet
Corrida: Fernando Alonso 15x3 Nelsinho Piquet
Pontos: Fernando Alonso 61x19 Nelsinho Piquet
Se Hamilton deu banho em Kovalainen, o que Fernando Alonso pode ter dado em Nelsinho Piquet? Simplesmente o espanhol se classificou em todas as etapas à frente do brasileiro. Fernando ainda fez a mágica de levar o mediano carro da Renault à duas vitórias na temporada. O Príncipe das Astúrias está de volta! A favor de Nelsinho, o fato de na Renault, nitidamente haver uma pequena diferença entre os carros e um grande privilégio pelo espanhol. Mesmo assim, o brasileiro podia ter feito mais.
Toyota
Treino: Jarno Trulli 14x4 Timo Glock
Corrida: Jarno Trulli 9x9 Timo Glock
Pontos: Jarno Trulli 31x25 Timo Glock
O italiano Jarno Trulli é conhecido por ser um bom piloto de qualifying. E venceu com facilidade o companheiro Timo Glock nos treinos. Entretanto na corrida, o alemão equilibrou a disputa. Mesmo assim, na temporada, o italiano foi melhor.
Estudante de Comunicação Social/ Jornalismo da Universidade Federal Fluminense. Piloto de kart amador e apaixonado por automobilismo desde que se entende por gente.
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